Split

Em primeiro lugar informo ao meus 3 leitores que a banana split nasceu aqui. Ficamos sabendo isso hoje e nem por isso tive vontade de comer essa sobremesa sem graça. Preferi tomar um sorvete de tiramissu, que é a minha cara.

Split é assim: um centro historico e o resto. E esse resto é meio desorganizado. Muito diferente de Zagreb. Fiquei pensando que é uma cidade de praia e, como tal, faz parte uma certa esculhambaçãozinha. Mal comparando, Zagreb está para São Paulo, quanto Split está pro Rio. Mal comparando, eu repito.

Dai que depois dos quase 40 minutos de onibus, desembarcamos no centro historico. E ai tem o Palácio de Diocleciano e o resto. E o resto é que é precioso! Ruelazinhas estreitas, casas se atropelando em cima uma das outras, algumas parede precisando ser ancoradas porque ameaçam cair. Uma coisa maravilhosa.

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No Palácio de Diocleciano tem uma coisa que me irrita profundamente quando vejo acontecer: um monte de loja de quinquilharia para turista. Lembro que quando estivemos em Assis, dentro da igreja tinha um verdadeiro supermercado, com os padres só girando a registradora. Fiquei possessa. Logo com Francisco de Assis?! Pois aqui é quase do mesmo jeito. Pelo menos não fizeram a feira dentro da Catedral do Palácio. Mas a vontade que tenho é expulsar os vendilhões do Templo a chicotadas.

O Palacio está caidaço (é assim que se escreve?). Muito deteriorado. Mas eles estão restaurando, se bem que eu ache que vai demorar ainda um tempo grande pra aquilo tudo ficar digno da visita da Comunidade Europeia.

Aliás, Ylton e eu não vamos recomendar a entrada de Split na Comunidade até que eles recolham todas as “bitucas” de cigarro que existem num calçadão maravilhoso a beira mar. Adivinhem onde está Wally!

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Podstrana e Split

Nosso hotel fica a meio metro do mar. Como não há marés, tudo bem, os caras até estacionam carro quase na beira d’agua. Para mim é estranhissimo!!

O hotel é tipo flat, com sala, cozinha americana, uma varanda na frente e outra atras, onde estendemos as roupas lavadas. A frente dá para o Adriático e agora mesmo estou vendo um por do sol deslumbrante. Acontece que ninguem entra na água! Mesmo as crianças, que adoram ficar na agua, aqui ficam longe dela. Até agora somente coloquei minha mãozinha nela. E não me pareceu muito fria, não. Acho que se amanha abrir um sol legal, até topo molhar os pés.

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O dono é uma figura. Fala pelos cotovelos. Nos contou que já foi marinheiro e conhece a America do Sul inteira. Fala um ingles macarronico, somente um pouco melhor que o de Fatima, do qual eu só entendo a metade. Mas rio sempre que Ylton ri.

Mas o mais interessante é que descobrimos que nosso hotel não fica em Split e sim em Podstrana, que nos pareceu ser um municipio da “grande Split”. Gastamos uns 40 minutos no onibus até o centro de Split e pagamos 12 kunas cada, o que equivale mais ou menos a 2,5 dolares.