Laos, taí um lugar que eu nunca pensei de conhecer. Na verdade, apesar de saber que existia, não tinha muito ideia de onde estava. Pois vim cair no Laos, que na verdade chama-se Lao, sem o “s”. E aqui conhecemos uma cidade linda, patrimônio da humanidade, chamada Luang Prabang.
Aqui, ao contrário do Vietnam onde mais de 80% da população é agnóstica, essa mesma proporção é budista. E é essa a beleza de Luang Prabang: seus belíssimos templos e capelas, com todos os tipos de Buda que se possa imaginar. A cidade é pequena, muito calorenta nessa época do ano, mas o povo é de uma gentileza, de uma simpatia, que nem de longe vimos no Vietnam. Nos saúdam sempre com as mãos postas diante do peito, com uma reverência de cabeça e um sorriso lindo no rosto. Mesmo os caras da imigração são simpáticos e sorridentes, vê se pode?
Visitamos o antigo Palácio Imperial, hoje transformado em museu. Logo na entrada uma capela (pra Buda, naturalmente) rica e linda. E ali conhecemos a flor nacional, que não aprendi o nome, mas lembra muito a nossa magnólia. Fomos apresentadas também ao antigo símbolo nacional, um elefante de 3 cabeças. Engraçado foi ver o nosso guia levantar o punho direito para dizer que aquele era o símbolo dos direitistas, e o esquerdo, pra dizer que o símbolo agora era a foice e o martelo.
A coisa mais impressionante daqui é o Templo principal, o Wat Xieng Thong, que significa Templo da Cidade Dourada. Aprendemos que templo é chamado o lugar onde, além da ou das capelas, estão os locais onde dormem os monges, seus espaços de trabalho, os sinos e instrumentos musicais rituais. Esse que visitamos é deslumbrante. Logo na entrada está uma capela onde se encontra um barco luxuoso, que deveria levar o corpo do Rei para a incineração, mas ficou tão grande que não conseguiu sair de lá.
Logo adiante há outra capela belíssima, impossível de se descrever de tão magnífica. É a capela principal do templo. Suas paredes são completamente decotadas, tanto interna, quanto externamente, com uma espécie de mosaico com vidro, desenhando cenas que, com certeza contam algum história. A entrada é impactante, com os desenho em dourado e o fundo preto ou vermelho escuro. Além dessa, existem outras menores, mas não menos belas.
Estávamos terminando a visita quando vimos passar uns meninos monges. Eles iam tocar os instrumentos musicais, que estavam em uma espaço próprio para isso. E ficamos ali, ouvindo a melodia dos mongezinhos. Lindo!
Para comprovar ainda mais sua característica budista, tomamos um barco e fomos conhecer uma gruta muito interessante. Numa viagem de 2 horas, voltamos a navegar no rio Mekong, que já havíamos conhecido no Vietnam. Esse rio nasce na China e se desembesta mundo afora, somente mudando de nome por onde passa. Tem uma extensão de mais de 4 mil quilômetros.
Viajamos em um barco típico da região, mas que tinha o conforto de pelo menos ter banheiro, porque 2 horas tomando água, não é fácil. O rio é barrento e em alguns lugares um pouco poluído com coisas plásticas, que imagino jogada pelos próprios turistas.
E chegamos a tal gruta, que é uma espécie de lugar de oferendas budista, onde o que se oferece são imagens do Buda. Existem milhares, de todo tipo e tamanho, formando um conjunto muito bonito. A informação é que se vai ao lugar fazer pedidos e leva-se uma estatueta e depois, ao ter conseguido a graça, volta-se ao local com outra estatueta.
É um lugar interessante como conhecimento da cultura local, mas tenho dúvidas se vale a penas as duas horas de viagem.