Depois de passarmos por cidades graciosas como Ostuni, Locorotondo e Cisternino, chegamos a Lecce, a cidade historicamente mais importante dessa região sul da Puglia. Fundada há mais de 2.000 anos, foi dominada pelo Império Romano, pelo Bizantino, pelos normandos e até pelos espanhóis, tudo isso lhe conferindo um acervo cultural e arquitetônico diverso. Hoje Lecce é considerada “a Florença italiana” – apesar de me parecer um pouco de exagero – pela riqueza de seu barroco.
O mais importante exemplar do barroco de Lecce é a Basílica de Santa Croce, com uma fachada belíssima em seus múltiplos detalhes (todos eles “traduzidos” em seus significados pelo nosso guia e dos quais não consegui guardar nada) e pelo seu interior igualmente rebuscado.
Um outro marco histórico de Lecce é o anfiteatro Romano, descoberto por acaso e que se mostrou ter sido construído no século II d.C. Originalmente comportando cerca de 25.000 pessoas, somente uma parte disso está visível atualmente. Está situado na Praça de Santo Oronzo, centro histórico e vibrante de Lecce. Aqui encontramos restaurantes legais, gelaterias, cafés e na ruas próximas, lojas como H&M e Zara.
Essa praça mostrou-se mesmo o local de encontro e de eventos da população local (além de ser, obviamente, um ponto bem pra turistas). Em um dos dias que lá estivemos vimos o inicio de uma manifestação contra a guerra e o racismo, que infelizmente não pude seguir, mas as bandeiras vermelhas balançaram meu coração.