O Pata Negra brasileiro

Da última vez que estive em Nova York fomos a um bar de tapas no East Village, chamado Pata Negra. Muito legal! Pequenininho (6 mesas, talvez), com uma bela carta de vinhos e umas tapas deliciosas. Dai, quando vi em Curitiba um restaurante chamado tambem Pata Negra, fiquei louca de vontade de conhecer. Minha esperança era que fosse um restaurante espanhol que servisse algo a mais que paella.

Pra começar em termos de espaço, ele não tem nada a ver com o de Nova York. É grande, tem mesas na calçada e uma decoração meio “over”: paredes de tijolinho, candelabros de ferro, vestidos dependurados, cabeças de touros, enfim, algo meio desorganizado, mas nem por isso desinteressante.

 

A carta de vinhos é limitada, os tempranillos espanhois são caríssimos, terminamos tomando um pinot noir chileno. No cardápio, felizmente, tinha mais coisas alem da paella. Comemos uma carne gostosíssima, acompanhada por um risoto de brócolis que estava delicioso.

O restaurante fica na Praça Espanha, um lugar muito agradável, que tem uma feirinha de antiguidades nas tardes dos sábados. Vale a pena um passeio para fazer a digestão.

 

 

Um excelente restaurante grego em SP

No século passado eu tinha conhecido um restaurante grego aqui em São Paulo, levada por meu amigo Cantalice, que desde que cheguei queria me lembrar onde era. Semana passada sai com meu irmão e ele disse “vamos num restaurante grego?”. E para minha grata surpresa era aquele mesmo que eu estava procurando.

Chama-se Acrópolis e fica no centro da cidade (sei que existe outro nos Jardins, mas fomos mesmo no original). É um restaurante pequeno, apertado, barulhento, com aquele tipo de decoração (se é que se pode chamar assim) confusa de um bom botequim, mas a comida, a comida, hummmmmm. Gostosa, farta, variada. No dia que fomos o serviço era interessante: voce se dirigia ao balcão, olhava a comida, dizia o que queria e voltava pra mesa porque o garçom lhe traria. Pode-se pedir uma porção, e faça isso se voce estiver verdadeiramente com a fome de um leão, ou meia porção, que foi o que pedi e mesmo assim não consegui comer tudo.

O cabrito estava divino e apesar de ter ficado de olho na mussaka, não consegui espaço no estômago. Fica prá próxima. O ponto fraco são as sobremesas, pouco convidativas. Mas, por favor, coma a salada que é trazida de entrada. Apesar de ser uma simples salada de alface, tomate, pepino, etc, o tempero é demais! Será que é por conta de umas lasquinhas de parmesão?

O endereço: Rua da Graça, 364 – Sta Cecília / Bom Retiro  São Paulo
(0xx)11 3223-4386

Comer feijoada em São Paulo II

A Feijoada da Lana

Por incrível que possa parecer, esse é mesmo o nome  do restaurante. No coração de Vila Madalena, numa casinha apertada, comum, adaptada para ser um restaurante, está a casa que só serve feijoada, que, diga-se de passagem,  é uma delícia. Pela primeira vez encontramos aquelas coisas sebosas deliciosas tipo rabo e pé de porco, além das carnes comuns. Também pela primeira vez encontramos uma feijoada muito pouco gordurosa, mas não sei se foi mera coincidência.

O preço é que é mais salgado que as carnes: 55 reais por pessoa e inclui caldinho e caipirinha, que estava praticamente  limonada (será que todos são assim? ou meu paladar já não distingue?), e um pequeno buffet de sobremesas com doces caseiros tipo pudim de claras, quindão, pudim de leite.

O ambiente inclui mesas na lateral e no quintal da casa. Lá deveria estar mais fresquinho, porque dentro de casa o calor estava quase insuportável, com apenas um esquálido ventilador de teto tentando dar conta.

Confesso que não me animei muito. Apesar da feijoada gostosa, o preço é alto e o ambiente (pelo menos o interno) não é acolhedor. Mas, acolhedor mesmo é o Silvio, o garçom super simpático que nos informou que a partir de março eles estarão abrindo para o jantar, com um cardápio que vai variar para além da feijoada, naturalmente.

Quem não conhece o Sujinho, não conhece São Paulo

A primeira vez que ouvi falar do Sujinho foi em finais dos anos 70, quando nós, na contramão da onda, vinhamos do Rio passar os finais de semana em São Paulo. Rezava a lenda que era um lugar que nunca fechava e era frequentado por jornalistas e senhoritas de má fama e vida difícil.

Gostávamos do Sujinho primeiro porque era um lugar de comida farta e barata e, depois, porque parecia muito com os botequins do Rio de Janeiro, no seu jeito descontraído, nas paredes com azulejos e ventiladores no teto.

Pois ele continua assim até hoje: simples, descontraído, agradável. Parece que as “meninas” não aparecem mais, mas, será que ainda existem “meninas” na cidade? Numa época em que os restaurantes teimam em cozinha contemporânea, seja lá o que isso signifique, ele continua com a cozinha brasileira autentica. Criou fama de ter a melhor bisteca da cidade, e tem mesmo. É uma bistecona do tamanho do prato, carne suculenta e assada na medida. Mas o cardápio é enorme, tem qualquer coisa e se não tiver a cozinha dá um jeito. Voce come e ao final não sai com a sensação que foi enganado.

Quando o conheci ele situava-se na Consolação, onde ainda está até hoje, mas agora tem uma filial do outro lado da rua e uma outra no centro da cidade. E agora, na Rua Maceio, do lado da Consolação, tem uma Hamburgueria Sujinho. Novos tempos.

Para terem uma ideia do cardápio:

Para saber mais: http://www.sujinho.com.br/

Que fazer em Buenos Aires

Ando garimpando informações sobre o que fazer nos 3 dias que vamos ficar em Baires. Já estive lá 3 vezes, mas sempre em casa de amigos e amigos daquele tipo que decide o que devemos ver, onde devemos comer e que lugares visitar. O resultado é que tem um monte de coisa que nunca vi. Por incrível que pareça não conheço a Recoleta, nem Puerto Madero e La Boca só fui conhecer da última vez que lá estive e depois de muita insistência.

Desta vez ficaremos em hotel, livre dos amigos controladores… espero. E como vamos nos virar sozinhas temos opção de deixar a vida nos levar ou ir com as coisas mais ou menos programadas. Como boa capricorniana tenho a maior dificuldade com o “deixa a vida me levar”. Por isso anotei uns roteiros, uns lugares. Pelo menos já temos algumas dicas.

Esse foi um:

9h > Quem não conhece Buenos Aires deve incluir um pouco de sua história na visita. Basta uma caminhada pelos edifícios antigos da avenida de Mayo (o táxi do porto até lá não deve custar mais de 7 pesos), com uma pausa para umcortado no histórico Café Tortoni (no 825) e uma estirada até a Plaza de Mayo e a Casa Rosada (calle Balcarce, 50), sede do governo.

11h > Pegue um táxi até as Galerias Pacífico (avenida San Martín, 705, esquina com calle Florida) – é o mais tradicional shopping da cidade, instalado num belíssimo prédio. Fica a poucos passos da Plaza San Martín, que foi por muitos anos a morada do escritor Jorge Luis Borges e é a mais bela desta cidade de praças e áreas verdes.

12h30 > Dê uma estirada até a Recoleta, pela elegante avenida Alvear, com edifícios belle-époque (vide o Palacio Pereda, na calle Arroyo, 1130, residência do embaixador brasileiro) e butiques como a Tramando (calle Rodríguez Peña, 1973), do designer argentino Martin Churba.

13h30 > Que tal uma empanada no San Juanino (calle Posadas, 1515)? Ou uma verdadeira carne argentina? Neste caso, prove as delícias do tradicional La Cabaña (calle Rodríguez Peña, 1967), que pertence à rede Orient-Express, ou rume para a região de Puerto Madero. Ali há uma parrillaatrás da outra, todas com boas opções.

14h30 > Palermo Viejo… Um táxi até lá fica por volta de 10 pesos. Desça na Plaza Cortázar e descubra, a pé, o bairro mais vanguardista da cidade. Há ótimos mapinhas distribuídos nas lojas, mas concentre-se nas ruas Honduras e Costa Rica. Na primeira, veja as lojas Hormiga (no 4660) eCapital (no 4958); na segunda, a Oda (no 4670) e os galpões industriais (no 4684).

15h > Hora de encontrar um bar aberto (lembre-se: beber em terra é bem mais barato do que a bordo). O Bar 6 (calle Armenia, 1676), um charmoso lounge, é praticamentenonstop. E o Olsen (calle Gorritti, 5870), de inspiração nórdica, tem até degustação de vodcas.

Com relação a lugar para comer, tem um site que é uma espécie de buscador específico para comidas e bebidas: http://www.guiaoleo.com.ar/

Alguns blogs dão dicas interessantes. Vanessa, do blog “Viajar e Comer Bem”, diz que não podemos deixar de ir no La Cabrera (Cabrera 5099 – Palermo), onde se come o melhor file da Argentina:  http://blogs.abril.com.br/viajarecomerbem/2008/12/comendo-em-buenos-aires.html

Outro nos indica o Bahia Madero: http://www.bahiamadero.com/

Enfim…

Como não perder clientes no frio

Estamos no fim do verão europeu, então ainda faz um calorzinho por aqui, mas as noites já são frias. Os bares e restaurantes ainda mantem as mesas nas calçadas, como no verão, mas, como não são bobos nem nada, colocam umas mantas nas cadeiras para as pessoas usarem e se protegerem do vento frio. Achei a ideia muito legal!

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Nessa noite estavamos em um restaurante vietnamita, onde comemos a coisa mais gostosa desde que chegamos aqui. E tão bonito veio o prato que fotografei. Não me perguntem o nome, mas era carne de porco com molho de mel e algo picante.

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Já comeram comida egípcia?

Aqui em Astória, talvez por ser um reduto de imigrantes, a gente encontra restaurantes de tudo que é lugar do mundo. Sexta-feira fomos em um egípcio. 

Apesar da chuva, saimos à pé pela Av. Steinway, olhando as vitrines, observando o povo. No geral é tudo normal. Adorei andar pela rua vendo vitrine, coisa que em Natal já não é mais possível fazer, porque se você quiser ver vitrine, vai ter que ir prá dentro de um shopping. Seguimos, e ai chegamos em um quarteirão que a coisa muda: mulheres de burka como vendedora das lojas, vitrines com milhares de narguilés para vender e o mais interessante: homens sentados do lado de fora das lojas, aboletados em uma cadeira confortável, fumando seu narguilé e olhando a vida passar!!

O restaurante egípcio fica nesse setor. Na verdade trata-se de um espaço minúsculo, com umas 5 mesas apertadas umas contra as outras, uma decoração completamente copnfusa (será que pode-se chamar aquilo lá de decoração?) e um homem-cardápio. Sim, porque o dono (um apreciável senhor egípcio de mais ou menos 1,90m, forte, com uma voz de gradivox) chega nas meses e recita o cardápio para você, não há nada impresso. Ele pergunta o que queremos comer (carne, frango, peixe) e conforme a escolha ele diz o que pode fazer. Depois, ele mesmo vai prá cozinha e prepara a comida. Comemos muito bem, mas não tenho nem ideia do nome dos pratos, porque ele não diz, apenas informa como ele virá à mesa. Eu comi uns carrés de porco com umas verduras como se fosse um rattatoille no molho de soja. Estava ótimo!

 

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Fala a verdade: já viram casal mais lindo?